A new chapter to an old story ♡
Durante muito tempo, como muitas mulheres, eu sonhei com o meu casamento. Embora algumas tenham razões para não desejar viver a instituição do matrimônio, uma parte considerável de nossas vidas é moldada ao redor do amor romântico.
Detalhes como o anel de noivado, vestidos e o "felizes para sempre" fazem parte de uma narrativa envolvente, alimentada por comédias românticas, músicas do Ed Sheeran e pedidos de casamento virais no Instagram, criando expectativas sobre o grande dia e como nossas vidas mudarão.
Contrariando minhas crenças anteriores, percebi que não era necessário seguir um roteiro específico para ser escolhida.
Também julgava existir uma emoção única que deveria ser sentida, que o dia do pedido carregava um sentimento muito específico que só quem se casava ou noivava sentia. Algo como se, se você passasse por aquela experiencia, entraria num grande, inexistente, e silencioso clube das “noivas” ou “casadas”. Algo como torcer para o mesmo time de futebol, ou uma irmandade de faculdade.
Imaginava que o momento do pedido traria uma transformação única, inigualavel, mas na realidade, no tão esperado dia, voltei para casa muito desacreditada e feliz, com um lindo anel, olhos inchados de choro e um noivo melhor do que eu pensava merecer.
Refletindo sobre isso nos últimos dias, cheguei a algumas conclusões que quero dividir aqui com quem ainda sonha com o grande dia, e que clarearam muitas questões para mim.
A primeira, e também a mais obvia é que há um tempo certo para tudo (debaixo do céu e no céu também). Todo o tempo de namoro que tive me parecia longo demais, até eu realmente perceber que os dois anos e meio de relacionamento estavam perfeitamente dentro da média geral de tempo de namoro antes de noivado de um casal (americano) comum.
Da mesma forma percebi que apesar disso ser uma questão profunda, sentimental e feliz para mim, era na verdade uma responsabilidade muito séria e preocupante para o meu agora marido. Apesar de ser um momento muito esperado, a minha expectativa era um grande tormento para ele, que nunca sonhou com o grande dia em que gastaria muito dinheiro num anel e quebraria a cabeça para planejar tudo sozinho, mas sabia que deveria fazer algo memorável.
Por ultimo e não menos importante, entendi que a grande mudança que eu imaginava que viria depois do “quer se casar comigo?” não aconteceria ali naquele exato momento. O casamento não é o objetivo do amor romântico (o fim em si) mas uma decisão diária de construir uma vida juntos. Todas as pequenas mudanças em que se decide levar as escovas de dentes para morarem juntas, ou usar o mesmo seguro, ou adotar um cachorro juntos e comprar uma casa. O grande momento é apenas uma afirmação muito linda e inesquecível de que aquele amor que ja existe, quer continuar existindo por mais um longo tempo.
For a long time, like many women, I dreamed about my wedding. Although some have reasons for not wanting to live the institution of marriage, a considerable part of our lives are shaped around romantic love.
Details like the engagement ring, dresses and "happily ever after" are part of an envolving narrative, feed by romantic comedy's, Ed Sheeran songs and viral marriage proposals on Instagram, creating expectations about the big day and how our lives will change. .
Contrary to my old beliefs, I realized that it was not necessary to follow a specific script to be chosen.
I also thought there was a unique emotion that should be felt, that the day of the proposal carried a very specific feeling that only those who got married or engaged felt. Something as if, if you went through that experience, you would enter a large, non-existent, and silent “bride” or “married” club. Something like cheering for the same football team, or a college sorority.
I imagined that the moment of the proposal would bring about a unique, unparalleled transformation, but in reality, on the long-awaited day, I returned home very disillusioned and happy, with a beautiful ring, eyes swollen from tears and a better groom than I thought I deserved.
Reflecting on this over the last few days, I came to some conclusions that I want to share here with those who still dream about the big day, and which clarified many questions for me.
The first, and also the most obvious, is that there is a right time for everything (under the sky and in the sky too). All the time I had been dating seemed too long, until I actually realized that the two and a half years of relationship was perfectly within the general average length of time dating before engagement for a typical (American) couple.
In the same way I realized that although this was a deep, sentimental and happy issue for me, it was actually a very serious and worrying responsibility for my now husband. Despite being a long-awaited moment, my expectation was a great torment for him, as he never dreamed of the big day when he would spend a lot of money on a ring and rack his brains to plan everything alone, but he knew he had to do something memorable.
Finally, but not less important I understood that the big change I imagined would come after the “will you marry me?” It wouldn't happen right there at that moment. Marriage is not the goal of romantic love (the end in itself) but a daily decision to build a life together. All the little changes where you decide to move your toothbrushes together, or use the same insurance, or adopt a dog together and buy a house. The big moment is just a very beautiful and unforgettable affirmation that that love that already exists, wants to continue existing for a long time.
P.S.: If you are my husband, I said yes, and I will continue to say yes until the end :)
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